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sábado, 18 de agosto de 2012

Filho do saudoso caicoense Chico Tucano sonha formar jogadores para o Flamengo


Filho do saudoso flamenguista potiguar Chico Tucano, Zicomengo trabalha como voluntário numa escolinha de futebol criada por ele, no bairro Boa Passagem, em Caicó-RN. Hoje com 31 anos, o torcedor com um dos nomes mais rubro-negros do país sonha ver uma criança caicoense vestindo a camisa do Flamengo, seu clube do coração.
- Temos meninos muito talentosos aqui, com um potencial altíssimo. Meu maior sonho é ver um deles fazendo sucesso no Flamengo. Não tive essa oportunidade quando criança, mas ficaria muito feliz se isso acontecesse com um deles, pelo menos.
O projeto atende crianças e adolescentes, e mesmo com a escassez de recursos Zicomengo faz de tudo para mantê-lo de pé.
- Infelizmente não recebemos do poder público o apoio que eu gostaria. Alguns amigos me ajudam, e eu vou me virando como dá.
Mas essa história de amor ao futebol e fanatismo pelo Flamengo começou há muito mais tempo, nos anos 50, quando o senhor Francisco Domingos dos Santos, o Chico Tucano, jurou amar eternamente o clube carioca. Enquanto acontecia uma partida do Caicó Esporte Clube, Chico foi até a casa de um amigo beber água. Durante a visita, ele encontrou uma revista de futebol e se encantou com um certo uniforme em vermelho e preto.
- Que time é esse? Flamengo? Vou torcer por ele, agora.
Mas até que ponto vai o amor de um torcedor pelo clube do coração? Chico Tucano não se contentou em apenas torcer e comemorar as conquistas do Flamengo, e batizou seus filhos com nomes que homenageiam os grandes ídolos do rubro-negro do Rio. O “time” é escalado com Zicomengo, Francifla, Flamena e Flamozer, além de Nilton Santos e Djalma Santos, lendas de Botafogo e Portuguesa/Palmeiras, respectivamente.
Depois Chico Tucano passou a colecionar camisas, quadros, pôsteres, réplicas de troféus conquistados e recortes de matérias publicadas em jornais e revistas. Como se não bastasse, pintou a fachada da casa com listras nas cores vermelha e preta.
Chico era pipoqueiro e tido como um dos maiores flamenguistas do Brasil. Faleceu em 2007, aos 64 anos, vítima de um infarto fulminante, mas deixou um legado eterno de amor ao Flamengo. Tão rubro-negro quanto o pai, Zicomengo adora o nome que recebeu de “presente”.

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